A próxima geração se aproxima: indícios da estreia global do Xiaomi 17
A movimentação nos bastidores da Xiaomi sugere que a gigante chinesa está pronta para dar o próximo grande passo em sua linha de smartphones. Após o lançamento inicial na China em setembro, o aguardado Xiaomi 17 prepara-se para cruzar fronteiras. Indícios recentes apontam para um lançamento global iminente, contrariando rumores anteriores e sugerindo que o aparelho chegará ao mercado internacional mais cedo do que o previsto.
Uma das provas mais concretas dessa expansão foi a aparição do dispositivo no banco de dados da NBTC (Comissão Nacional de Radiodifusão e Telecomunicações) na Tailândia. Identificado pelo número de modelo 25113PN0EG, a certificação não apenas confirma a nomenclatura “Xiaomi 17”, mas também assegura sua disponibilidade no mercado tailandês.
O desempenho promete ser um divisor de águas. Testes de benchmark no GeekBench revelaram que este modelo compacto premium virá equipado com o novíssimo processador Snapdragon 8 Elite Gen 5 da Qualcomm. O chipset trabalhará em conjunto com 12 GB de RAM — a mesma configuração de entrada da versão chinesa — e rodará o sistema operacional Android 16 sob a interface personalizada HyperOS 3. A empresa também está testando a build HyperOS 3.0.34.0 na série 17 Pro, que trará novidades interativas, como o papel de parede “Sugar Cube” para o display secundário.
Expectativas para o futuro Ultra e edições especiais
Enquanto o modelo base ganha as manchetes, a versão mais robusta da família também está no radar. O Xiaomi 17 Ultra deve fazer sua estreia em breve, com pré-vendas especuladas para começarem no dia 15 de dezembro de 2025. Além disso, há rumores de que a edição especial Xiaomi 17 Leica Lietzphone chegará ao mercado europeu num futuro próximo.
Essa expectativa em torno da linha 17, especialmente das variantes Ultra, não é infundada. Ela se apoia no legado de inovação estabelecido pelo seu antecessor direto, o Xiaomi 14 Ultra, que consolidou a reputação da marca no segmento de fotografia mobile de alto desempenho.
O legado fotográfico estabelecido pelo Xiaomi 14 Ultra
Para entender o nível de exigência que recai sobre a nova geração, é fundamental revisitar o que o Xiaomi 14 Ultra entregou ao mercado. Lançado como um verdadeiro “monstro” da fotografia, o aparelho de 2024 chegou com especificações que elevaram a barra da indústria. Seu grande destaque foi o sensor principal de uma polegada da Sony (o LYT-900) com 50 megapixels, ostentando um sistema de abertura variável que ia de f/1.63 a f/4.0, permitindo um controle de luz e profundidade de campo excepcional.
O compromisso com a fotografia era tão sério que a Xiaomi ofereceu um kit fotográfico dedicado. Esse acessório transformava a ergonomia do celular, aproximando-o de uma câmera profissional, com botões físicos para o obturador e ajustes de ISO e abertura, além de incluir uma bateria extra de 1.500 mAh.
O conjunto óptico não parava por aí. Além do sensor principal, o 14 Ultra trazia outras três câmeras de 50 megapixels: uma telefoto com zoom óptico de 3,2x, uma lente periscópio com zoom óptico de 5x e um sensor ultrawide com campo de visão abrangente de 122 graus.
Potência e autonomia que ditaram o padrão
Sob o capô, o 14 Ultra era alimentado pelo processador Qualcomm Snapdragon 8 Gen 3 — o antecessor direto da linha que equipará o Xiaomi 17. A experiência visual era garantida por uma tela de 6,73 polegadas com resolução 1440p, taxa de atualização de 120 Hz e um brilho máximo impressionante de 3.000 nits, tudo isso protegido pela classificação IP68 contra água e poeira.
Em termos de energia, o dispositivo contava com uma bateria de 5.300 mAh, suportando carregamento rápido de 90W via cabo e 80W sem fio, números que demonstram como a Xiaomi sempre priorizou a velocidade de recarga em seus flagships.
Quando chegou ao mercado chinês, o 14 Ultra teve seu preço fixado em 6.499 yuans (aproximadamente R$ 4.470 na cotação da época) para a versão de 12 GB de RAM. Já a edição especial de titânio alcançava os 8.799 yuans (cerca de R$ 6.054). Agora, com a chegada iminente da linha 17 e seus avanços em IA e processamento, resta saber como a Xiaomi posicionará seus novos preços e se conseguirá superar o alto padrão de qualidade que ela mesma estabeleceu.
